
O prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido, o Cidinho, colocou o nome da principal avenida da cidade de "governador Blairo Maggi". Em Várzea Grande, escolas, órgãos e entidades vinculadas à prefeitura, ruas e avenidas receberam nome de Júlio Campos, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Existe também uma cohab batizada de Lucimar Campos, esposa do ex-governador e hoje senador Jaime Campos.
Em alguns casos, o Ministério Público age com rigor e consegue provocar a mudança de nome, de pessoas vivas para aquelas que já faleceram. Mas, em outras situações, se mostra omisso. Em seu artigo 37, a Constituição Federal diz que "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos".
Essas homenagens feitas em muitos municípios são tidas como de cunho promocional, o que fere o princípio da impessoalidade e moralidade administrativa. Dessa forma, prefeito ou governador corre risco de responder por atos de improbidade administrativa, mesmo que os projetos tenham crivo das Câmara Municipal e da Assembléia Legslativa, respectivamente.
Em Cuiabá, o MPE obrigou o então prefeito Roberto França a mudar o nome de ginásio poliesportivo Robertão, inaugurado em 2004 no CPA 1, para Verdinho. O mesmo MPE barrou também o prefeito Flávio Dalmolin, de Nobres, que estava prestes a inaugurar um ginásio com o nome de Bezerrão, uma forma de prestar homenagem ao deputado e que foi autor da emenda parlamentar de R$ 433 mil para construção da obra.
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