sábado, 15 de setembro de 2007

Setor de Endemias de Tangará registra 208 casos de dengue este ano


Mesmo com o período de estiagem das chuvas, o que de uma certa forma ameniza a criação do mosquito Aedes Aegipty, causador da dengue, os agentes de saúde de Tangará da Serra continuam com o trabalho de visita nos bairros da cidade, com o objetivo de prevenir a proliferação das larvas do mosquito.
Segundo informações da coordenadora de Vigilância Ambiental do Setor de Endemias, Maria do Carmo de Lima, do mês de julho até setembro não há nenhum caso notificado de dengue no município. “Isto deve-se ao fato de que não estão ocorrendo as chuvas, conseqüentemente os números de casos da doença também diminuem”, explica.
De acordo com a coordenadora, de janeiro à julho o setor de endemias registrou, 879 casos de dengues notificados, 49 descartados, 622 aguardando resultado do exame e 208 casos confirmados da doença.
A coordenadora explica que este número ainda é considerado alto, levando em consideração o trabalho de prevenção que é realizado no município. “Mesmo com todo trabalho de prevenção, as pessoas ainda não tem consciência da gravidade que a dengue oferece, podendo até matar”, lamenta a coordenadora. Ela ressalta ainda, que o trabalho dos agentes de saúde é feito através de ciclos, que acontecem há cada dois meses. “A cada fechamento de ciclo eles tem que terem visitado 35.620 imóveis em Tangará da Serra”, destaca Maria do Carmo, frisando ainda que durante a visita os agentes de saúde fazem a inspeção da casa e orientam os moradores no que deve ser feito para evitar a proliferação do mosquito.
Com relação ao bairro em que se há mais casos da manifestação da doença, a coordenadora fala que o mais afetado é o centro. “As pessoas circulam mais nesta área, lojas e demais estabelecimentos também colaboram para a criação do mosquito”, afirma Maria do Carmo.
Para a coordenadora, a melhor maneira de combater o mosquito, é cada pessoa fazendo sua parte, não deixando locais com acúmulos de água, para que ele possa procriar.
Maria do Carmo alerta a população para redobrar os cuidados principalmente nos períodos que iniciam as chuvas, onde há maior facilidade e quantidade de locais para a larva do Aedes Aegipty ser depositada. Ela chama a atenção também para que as pessoas que identificarem casos de dengue na família, imediatamente informem o setor de endemias, para que os agentes de saúde possam se deslocar até o local para aplicar o veneno, como também saber a quantidade da doença no município.
PALESTRAS- Como forma de conscientizar os alunos na prevenção da dengue, uma equipe iniciou na semana passada uma campanha educativa nas escolas de Tangará da Serra. As escolas que receberam a visita dos agentes de saúde foram a Antenor Soares e Jonas Lopes. Na próxima semana, novas escolas receberão a visita da equipe, com palestras no combate ao mosquito da dengue.
SINTOMAS- Os principais sintomas da dengue clássica são: dores de cabeça e muscular, febre alta, vermelhidão no corpo, aumento das glândulas linfáticas e comprometimento das vias aéreas superiores. Na dengue hemorrágica, além da febre e das dores de cabeça e muscular, o doente também apresenta hemorragias gastrointestinal, cutânea, gengival e nasal, tontura e queda de pressão. Em razão das hemorragias, este tipo de dengue pode matar.

Fonte: Lucélia Andrade (Diário da Serra)
reproduzido de http://www.reporternews.com.br/listar.php?id=227632
Imagem: http://www.cdelsol.com.ar/WebSite/Portals/0/Dengue.jpeg

PS: Discordo da conclusão de Maria do Carmo. Na verdade a maior incidência da Dengue no Centro não deve estar relacionada à proliferação mais acentuada nesta região. Acredito tratar-se de problemas de notificação nos bairros, uma vez que os casos atendidos nos hospitais particulares (que se localizam todos no centro) são confirmados com exames laboratoriais (pacientes particulares e convênios, que em sua maioria também moram nas regiões centrais). Já nos postos de saúde dos bairros, nem sempre o diagnóstico é confirmado com exames, o que os coloca como casos suspeitos, não confirmados.