sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A diferença entre a "finta" e o boi de piranha

Após uma semana de intensos debates na imprensa sobre minha pessoa e o nosso partido, quero deixar claros alguns pontos:
  1. Não fui autorizado a falar em nome da direção do PMDB. Não o fiz. Falei do que eu tenho convicção;
  2. Não considero que debater assuntos internos do partido de forma pública seja um equívoco. Quem tenta esconder os erros não demonstra desejo de acertar. Debater com transparência denota boa fé;
  3. Não acredito que alguém que deseja sinceramente concorrer a uma prefeitura queira ajudar um futuro adversário nos momentos mais delicados do jogo. Por isso, não creio que João Negão esteja realmente disposto a concorrer à prefeitura. Isso está claro pra qualquer pessoa que queira ver;
  4. Em conseqüência disso, não vejo motivos para o PMDB postergar a definição entre os 2 pré-candidatos, uma vez que um deles já se dispõs ajudar o adversário;
  5. Após horas e horas de análise da situação, só me resta imaginar que o retardo em definir o nome possa se dever a uma estratégia de jogar 2 pré-candidatos pra distrair a opinião pública, e lançar uma terceira candidatura no final do jogo.
  6. Não gostaria de crer que isso se passa pela cabeça de nossa equipe. Até porque, eu aceitaria tranquilamente "fazer a finta" para outra pessoa dar a cortada. Bastaria que isso me fosse claro, e eu faria isso como estratégia do grupo, sem problemas. Mas ficar pulando na esperança de dar a cortada desgastando-se ao extremo, tendo sido previamente combinado que a bola não irá nunca para o "finta", já não se chama "finta". Isso é melhor conhecido como boi de piranha. Aquele que vai ao sacrifício para beneficiar o restante da boiada. Disso eu não estou afim. Tenho uma reputação a zelar.
  7. Quanto ao Mário Lemos, tenho grande admiração por ele. Muito respeito. Por isso mesmo gostaria que ele estivesse conosco. Entendo que ele tem um compromisso com o prefeito. Nada mais digno que cumprir o compromisso. Isso se chama lealdade. No entanto, uma vez que ele tem um compromisso com a lealdade pessoal ao Júlio, este compromisso o coloca em situação de inviabilizar sua filiação partidária (meu ponto de vista).
  8. Quanto à nossa executiva, acredito que está passando por um processo de fortalecimento. E precisa urgentemente se fortalecer cada vez mais. Até porque permitir que filiados ocupem cargos de importância e usem estes cargos como bem entenderem, mesmo que em desacordo com os projetos do grupo pode parecer à opinião pública que o timoneiro não tem controle sobre o barco.

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