O médico pediatra cuiabano detido no Aeroporto Internacional de Beirute no dia 16, Mohamad Kassen Omais, 45, teria sido detido por estar, supostamente, usando passaporte falsificado por outra pessoa e não por terrorismo. "Como não encontraram um argumento para prisão apareceu essa informação. Estão buscando uma justificativa. Desde o início está preso sem prova alguma. Eu tirei o passaporte com meu irmão e fui a São Paulo para receber o visto. Todos estamos apreensivos". A fala é do cardiologista, Ali Kassen Omais. Mohamed é natural de Cuiabá deixou o Estado para estudar e retornou há nove anos. O governo brasileiro tenta a liberação.
No começo da tarde, Mohamed recebeu a visita do cônsul em Beirute, Michael Geep e do seu pai. "Ele não foi agredido fisicamente", disse Ali.
O chanceler brasileiro conversou ontem com o ministro da Justiça do Líbano, Charles Rizk, chefe da delegação libanesa que está na 2ª Reunião de Ministros das Relações Exteriores da América do Sul e dos Países Árabes (Aspa), que se encerra hoje em Buenos Aires. "O ministro libanês se prontificou a falar com autoridades para a liberação do médico brasileiro", segundo um porta-voz do Itamaraty. "Eles vão acelerar o processo para as autoridades saberem se o médico é ou não a pessoa que eles estão procurando".
Outro porta-voz do ministério confirmou que o médico foi "detido por razões de segurança, conforme pôde apurar o consulado brasileiro no Líbano"
Ali informou que conversou por duas horas também na quinta-feira com a cunhada e mulher de Mohamad, Gisele do Couto Oliveira, médica pediatra. "Pelo relato do advogado e fontes policiais, eles não chegaram à conclusão de que meu irmão é a pessoa que estariam procurando".
Os dois irmãos e Gisele são professores na Universidade de Cuiabá (UNIC), a maior instituição privada do gênero na capital de Mato Grosso.
Mas o diretor da Faculdade de Medicina, Marcial Francis Galera, diz que nunca ouviu "falar do envolvimento político de Mohamad, nem sobre causa palestina e nem de Ali".
fonte: Gazeta de Cuiabá
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