quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Agricultura leva à queda da desigualdade no Brasil, diz FMI

As exportações agrícolas do Brasil contribuíram para a redução da desigualdade no país. A conclusão é do Fundo Monentário Internacional (FMI) e consta do capítulo Globalização e Desigualdade divulgado nesta terça-feira, do relatório semestral Panorama Econômico Mundial."O efeito positivo do comércio na redução de desigualdades de renda é particularmente clara no setor de exportações agrícolas, especialmente nos países em desenvolvimento, onde a agricultura ainda emprega boa parte da força de trabalho", afirma o documento."Argélia, Brasil, Nicarágua e Tailândia são exemplos de países em que crescentes parcelas de exportações agrícolas vêm sendo associadas com o declínio da desigualdade."Intensificação O documento afirma que a desigualdade vem se intensificando em diversos países como os do Leste Europeu, nações asiáticas em desenvolvimento, a América Latina e em países ricos.Entre as regiões como um todo em que houve uma redução da desigualdade, o estudo cita apenas a África subsaariana e a Comunidade de Estados Independentes, que reúne os países do antigo bloco soviético. "Esse padrão permanece inalterado de um modo geral, exceto pelos mercados emergentes da América Latina, devido aos recentes declínios da desigualdade no México e no Brasil", acrescenta. De acordo com o texto do FMI, a tendência entre os principais países de mercados emergentes tem sido diversa. O FMI afirma que "a desigualdade sofreu um forte crescimento na China, permaneceu inalterada na Índia e sofreu declínios no Brasil, Rússia e México".Entre as conclusões contidas no capítulo, está a de que "contrário a crenças populares, a globalização do comércio não oferece um impacto negativo na distribuição de renda seja no mundo em desenvolvimento ou nas economias avançadas"."O papel positivo das exportações agrícolas em aprimorar a distribuição de renda sugere a importância de reformas nos países em desenvolvimento para apoiar o crescimento desse setor", afirma o relatório. O documento acrescenta ainda que "ao mesmo tempo, uma maior liberalização de acesso das exportações agrícolas dos países em desenvolvimento para os mercados mais desenvolvidos contribuiria para uma distribuição de renda mais igualitária, tanto nos países em desenvolvimento como nas economias avançadas".
Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2007/10/10/ult4909u881.jhtm