segunda-feira, 8 de outubro de 2007

PMDB ocupa pastas de ‘ponta’ em Cuiabá






Prefeito Wilson Santos (PSDB) nutre relacionamento de amizade com o deputado federal Carlos Bezerra








NOELMA OLIVEIRA
Da Editoria

Apesar da negativa, principalmente por parte direção municipal do PMDB, a iminente aliança com o PSDB para a eleição do próximo ano está desenhada na formação do primeiro escalão da gestão tucana de Wilson Santos. Mesmo com o episódio envolvendo a “encenação” do ato de filiação ao PMDB do secretário municipal de Saúde, deputado licenciado Guilherme Maluf, ainda tucano, mostra que os peemedebistas ocupam cada vez mais espaço na administração da Capital. Nenhuma outra sigla, exceto o PSDB, ocupa tanto espaço na administração municipal quanto o PMDB. Além de Maluf na Saúde, as secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e de Infra-estrutura estão sendo conduzidas por filiados do PMDB, respectivamente, Éden Capistrano e Euclides Santos. Vereador licenciado por Cuiabá, Éden deixou o PSB no dia 3 deste mês. Embora na iminência de perder o mandato por conta da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar afastado não se mostra nem um pouco preocupado. Ele vai continuar na prefeitura até o prazo de desincompatibilização para quem será candidato na eleição 2008, ou seja, abril próximo. Com o PMDB ocupando três secretarias de ponta da atual gestão, as conjecturas políticas apontam para uma predisposição do partido em compor o arco de alianças da candidatura à reeleição do prefeito tucano. Ex-militante da legenda, Wilson sempre manteve próximo de líderes da agremiação, principalmente do presidente estadual, deputado federal Carlos Bezerra. A inegável aproximação entre tucanos e peemedebistas foi um dos motivos alegados pelo deputado estadual Walter Rabello para pedir desfiliação e ingressar no PP. O próprio presidente do diretório municipal do PMDB, vereador Domingos Sávio, já admite que em não se consolidando uma aliança com o PT a agremiação pode compor com o PSDB. Sávio ressalta apenas que se o candidato for o petista deputado federal Carlos Abicalil, o partido fica mais próximo. Consideradas três pastas de destaque na gestão tucana, os peemedebistas ganham fôlego na administração em áreas de evidência, ainda que o setor da Saúde seja vulnerável. Já a legenda controla a Infra-estrutura que, na prática, é uma das pastas que dão mais destaque por cuidar das obras, maior reivindicação da população. O PMDB, exceto o PSDB, é o partido que detém maior número de pastas na gestão tucana. A sigla do prefeito comanda a Secretaria de Educação, Procuradoria-geral do Município, Sanecap e Secretaria de Finanças, comandada pelo amigo pessoal de Wilson, José Carlos Carvalho, o Zé do Nordeste. Quer dizer, nenhum outro partido detém tanto poder no staff municipal neste momento como o PMDB. Ao contrário da eleição de 2004, Wilson não deve ter tantos problemas para compor o arco de alianças. O PDT, por exemplo, já assegurou apoio ao projeto de reeleição do tucano. O presidente da legenda, Mário Márcio Torres, garantiu esta semana que a sigla respalda uma nova candidatura do tucano.

Fonte: Diário de Cuiabá