segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Líderes regionais liberam direções municipais



  • Principais líderes partidários de Mato Grosso deixam livres os diretórios para as composições conforme a realidade de cada município

A menos de um ano para o pleito de 2008, os principais partidos do Estado já começam a desenhar o mapa de composições que sustentarão os projetos de disputa às prefeituras e Câmaras Municipais. Com exceção do PSDB, partidos como o DEM, PMDB, PPS, PR, PT e PP não irão trabalhar com veto às alianças. A autonomia das direções municipais das respectivas siglas também é regra e levará em conta as características de cada região para selar apoio.



Seguindo a cartilha do bom relacionamento, os presidentes dos diretórios regionais têm a missão de aparar arestas para evitar animosidades “localizadas”. O objetivo é ampliar o leque de oportunidades de alianças. No entanto, siglas, como o PMDB, ainda não superaram totalmente os resquícios deixados pela falta de entendimento com o governador Blairo Maggi (PR). O presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, afirma que o partido está aberto a composições com todas as legendas. No entanto, reitera que uma aliança com o PR não é prioridade. Insatisfeito com o chefe do Executivo, o dirigente partidário sustenta que a legenda não foi contemplada na administração.



O PSDB está proibido de compor com o PT em Mato Grosso, conforme resolução da nacional da legenda. O presidente do diretório regional, Wilson Santos, é contra a regra, mas afirma que respeita a decisão do partido. Também aberto às conversações, o PSDB não descarta compor com o maior adversário nas eleições de 2002 e 2006, o governador Blairo Maggi, também presidente do PR no Estado.



Ao contrário do que se esperava, até mesmo o PPS admite compor com o PR. O presidente estadual da sigla, Percival Muniz, lembra o momento difícil atravessado pelo partido quando sofreu o processo de desfiliação em massa. A maioria ingressou no PR. Mesmo com o atual quadro, os socialistas vislumbram um cenário promissor para o partido nas próximas eleições, com composições que poderão incluir os republicanos.



No Estado o DEM começa a delinear organização que visa compor um amplo arco de alianças. O partido, segundo o presidente estadual, Oscar Ribeiro, também sugere composições com todas as siglas do Estado. A legenda também deixará sob a responsabilidade das direções municipais a decisão sobre os melhores aliados. Ribeiro destaca que as peculiaridades de cada município devem ser levadas em consideração.



A presidente do diretório regional do PT, senadora Serys Slhessarenko, ressalta que a nacional do partido prevê preferência por composições com siglas que pertencem à base de sustentação do governo Lula. No entanto, lembra, não proíbe aliança com PSDB e DEM, legendas que fazem oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



A dirigente partidária também destaca a importância das decisões das coordenações municipais quando o assunto é aliança partidária. Segundo a senadora, as direções municipais do PT têm livres caminho para firmar composições.
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fonte: Repórter News
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