
O presidente da comissão organizadora do evento, o neurocirurgião Jony Soares dos Santos, explica que esse tipo de intervenção surgiu na década de 80, em Mato Grosso. Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso há menos de quatro anos. Mas essa é a segunda vez, em 18 anos, que Mato Grosso recebe equipes de profissionais renomados para mostrar as inovações tecnológicas da área que permitam o tratamento endovascular do aneurisma cerebral. "Todas essas novidades diminuem o tempo de internação, a mortalidade e minimizam as complicações".
Na técnica convencional, para operar um aneurisma é necessário abrir a cabeça do paciente e fazer uma craniotomia, ou seja, corte dos ossos cranianos.
Hoje nos melhores centros do mundo, a patologia já pode ser tratada pelo interior das artérias. Um cateter é introduzido no interior das principais artérias da perna que navega pela circulação passando pela artéria aorta, as artérias do pescoço que chega até os vasos do cérebro, onde é feito o isolamento da área fragilizada, o que impedirá futuras rupturas ou hemorragias.
Jony explica que antes o tempo de cirurgia era imprevisível. Após a intervenção, a maioria dos pacientes é monitorizada em unidade de terapia intensiva por 24 horas a 48 horas e o tempo médio de internação varia de 5 a 7 dias.
"Com a nova técnica, a pessoa não passa mais que dois dias no hospital e já leva uma vida normal mais rapidamente".