quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Novo medicamento para obesidade na mira da sociedade

Uma substância indicada apenas para pacientes obesos ou com sobrepeso associado a fatores de risco como diabetes, colesterol alto e taxa de açúcar elevada no sangue pode trazer sérios transtornos psiquiátricos para quem toma.
A droga, comercializada com nome de Acomplia, é chamada popularmente de pílula da barriga. O princípio ativo é o rimonabanto.Ela ataca a gordura abdominal, aquela insistente, teimosa, dificílima de perder e muito prejudicial à saúde.O medicamento atua no sistema gástrico, muscular e nos sistema nervoso central. Os possíveis efeitos colaterais são: náusea, vômitos e alterações de humor, como irritabilidade e depressão.
Nos Estados Unidos, a venda do Acomplia não foi autorizada. A Agência Americana de Controle de Alimentos e Drogas acha perigoso demais.Um relatório aponta a preocupação com vários sintomas, entre eles pensamentos suicidas, aumento de ansiedade, insônia, ataques de pânico e de agressividade.
Acomplia no BrasilA Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, registrou o remédio em abril.Para isso o laboratório teve que apresentar testes e pesquisas comprovando a segurança, eficácia e qualidade do produto.
Ainda não existe previsão para comercialização nas farmácias e drogarias aqui do país. Por enquanto, o medicamento é importado de países europeus.O problema é que o Brasil é conhecido internacionalmente por uma fiscalização frouxa.Dados de um relatório da ONU apontam que o país lidera o consumo mundial de remédios para emagrecer porque é fácil comprar as pílulas, tarja preta, sem receita médica.
Outro risco: como é tudo muito novo, podem existir profissionais pouco cautelosos. Mesmo quem tem indicação de tomar o remédio precisa passar pelo crivo de uma consulta médica detalhada e de acompanhamento especial.
Orientação da AnvisaEm caso de reações adversas a medicamentos, o consumidor deve encaminhar denúncia à ouvidoria da Anvisa pelo site http://www.anvisa.gov.br/