quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Livro traça perfil da saúde dos médicos do Brasil


O Conselho Federal de Medicina publicou a obra “A Saúde dos Médicos do Brasil” que compreende no primeiro esforço concreto em âmbito nacional para traçar um retrato de como anda a saúde daqueles que tem se empenhado em promover a saúde da população brasileira. Nesta oportunidade, o CFM, por intermédio de seu Centro de Documentação e Pesquisa (CPDOC), planejou e executou uma pesquisa ampla, que incluiu 7.700 médicos de todas as Unidades da Federação, de diferentes cidades. Foram avaliados aspectos diversos, a exemplo da estafa profissional, dos indicadores psiquiátricos (fadiga, depressão, ansiedade), das doenças constantes na CID-10, dos medicamentos utilizados e do consumo e abuso de drogas psicotrópicas. Para o presidente do Conselho, Edson de Oliveira Andrade, a pesquisa é o início para uma reflexão. “A pesquisa permite que a categoria, as entidades de classe e os gestores de Saúde possam refletir a respeito da saúde dos médicos e encontrar alternativas coletivas para os problemas vivenciados pelos médicos”, ressalta. A obra “A Saúde dos Médicos do Brasil” já está disponível no Portal Médico em PDF.
Resultados
Contrariando o imaginário popular, os médicos não são insusceptíveis às doenças prevalentes na população em geral. O coordenador da Pesquisa, Genário Barbosa, explica que com base na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a pesquisa procurou conhecer os de maior freqüência entre os médicos participantes, que foram inquiridos acerca da presença, ou não, de doença diagnosticada no momento em que respondiam ao questionário. As doenças de maior prevalência entre os médicos que participaram do estudo incidem mais comumente sobre os olhos(26,4%), seguidas pelas que acometem o sistema osteomuscular e tecido conjuntivo (22,2%) e o aparelho circulatório (21,8%). Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais (19,1%), bem como as enfermidades do aparelho digestivo (19,7%), estão também entre as mais freqüentes. Os participantes da pesquisa também foram indagados acerca do uso contínuo de algum medicamento sob recomendação médica. Responderam afirmativamente 1302 entrevistados, que ainda indicaram os fármacos que lhes foram prescritos. Significativa parcela de médicos faz uso de dois ou três medicamentos, e a média de medicamentos por entrevistado é de 1,5. A freqüência de utilização de medicamentos interpretados das 1.993 prescrições declaradas pelos respondentes, para os diversos grupos de enfermidades. Dos médicos que responderam à pesquisa, 7,7% acusaram ser portadores de transtornos mentais ou comportamentais. Relativamente ao uso de medicamentos, em geral receberam 416 prescrições de um total de 1993, equivalente a 20,9%. O estudo ainda tratou acerca do uso esporádico e/ou eventual ou regular de substâncias químicas, inclusive fármacos, capazes de alterar o humor, o pensamento e/ou as sensações. Para tal foi apresentada uma lista com 15 grupos de substância.

Fonte: http://www.portalmedico.org.br/novoportal/index5.asp