sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mato Grosso é o 2º em mortes violentas

Mato Grosso é o segundo estado em mortes violentas, ficando atrás apenas de Rondônia, de acordo com os dados do Registro Civil divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2006. Em Mato Grosso, 22,2% das mortes de homens são por causas violentas, que incluem acidentes de trânsito, suicídios, homicídios e acidentes de trabalho. Rondônia apresenta índice de 31,9% e o Amapá, que aparece em terceiro lugar, 22%. O índice geral do Brasil é de 15%.

No ano passado, 1931 pessoas morreram de forma violenta em Mato Grosso, sendo 1642 homens e 289 mulheres. Os óbitos violentos são mais expressivos em todas as regiões brasileiras entre os homens.

De acordo com os dados do IBGE, em Cuiabá foram 382 mortes violentas, sendo 325 homens e 57 mulheres.

Além disso, os dados divulgados pelo instituto comprovam que a faixa etária dos 15 aos 24 anos é quando os homens mais morrem. Para cada 100 mil habitantes homens em Mato Grosso, 133,6 morrem nesta faixa etária. Neste ponto, o índice de Mato Grosso é o oitavo maior. O índice de óbitos masculinos ocorridos nesta faixa etária, em 1990, em todo o país, era de 60%.

De acordo com a pesquisa, o aumento da morte nesta faixa etária vem ocorrendo desde a ultima década, atingindo uma proporção de 70,2% em 2002, ou seja, um incremento de 16%, declinando para 67,9%, em 2006.

Em Mato Grosso, em 2002, a cada 100 mil homens, 168,5 eram vítimas de morte violenta. Houve um declínio nos anos seguintes, chegando a 144,9 em 2005. Entretanto, este número voltou a crescer no ano passado, como aconteceu praticamente em todo o país, e atingiu o índice de 146 mortes para cada 100 mil homens.

Já o índice de mulheres em Mato Grosso, que morrem também na faixa etária dos 15 aos 24 anos, é de 21,6 para cada 100 mil habitantes, sendo o quinto Estado com o maior índice.

O estudo das Estatísticas do Registro Civil do IBGE conclui que a mortalidade por causas violentas, particularmente entre homens, são elevadas, apesar da tendência de declínio observado a partir de 2002. "Além disso, ao contrário do que é freqüentemente divulgado, a questão da violência, principalmente entre jovens, não se restringe apenas às áreas consideradas mais dinâmicas do país. Os dados assinalam que o fenômeno da violência é cada vez mais comum, envolvendo um número expressivo de outras áreas geográficas, especialmente, entre indivíduos do sexo masculino".

fonte: Gazeta de Cuiabá


Nenhum comentário: