A Polícia Federal prendeu na tarde desta quarta-feira no aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, o cacique Raoni, conhecido líder da comunidade caipó, povo que habita tribos na região do Xingu, em Mato Grosso, perto da divisa de com o Pará. Raoni, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal fora preso por porte ilegal de munições e desacato a autoridade.
Raoni fora preso no saguão do aeroporto. Ele seguiria para a cidade de Sinop, cidade distante 500 quilômetros de Cuiabá. O líder carregava numa porchete oito munições de calibre 22.
De acordo com a assessoria da PF, Raoni fora arredio com os policiais e servidores da Infraero. Ele recebeu voz de prisão e, a partir daí, passou a conversar no idioma indígena. O sobrinho que o acompanhava virou intérprete.
Na superintendência da PF, ao ser interrogado, ele disse que a munição serviria para caçar animais nas florestas do Xingu. Até por volta das 19h30, Raoni era mantido detido no prédio da PF por transporte de munição de calibre permitido e desatar os policiais federais.
Um procurador da Funai tentava liberá-lo, mas só um juiz federal concorda ou não em relaxar a prisão do indígena. E em Cuiabá não há uma prisão especial que poderia abrigar o índio.
Em 1980, Raoni ganhou fama ao assumir os assassinatos de 11 peões que entraram nas terras dos índios. Ele matou os homens a golpes de bordunas (arma de madeira).
A partir daí, percorreu o mundo ao lado do roqueiro inglês Sting com a bandeira de preservação da Amazônia. Ficou conhecido no mundo como defensor dessa causa.
fonte: MidiaNews
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