quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Lula usa Maggi para cooptar o DEM; MT é o que menos recebe da CPMF

Parece até um contracenso. Mato Grosso é um dos estados brasileiros que menos recebeu verbas captadas pelo Governo Federal com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Fechará 2007 com algo em torno de R$ 198,9 milhões este ano – o que dá um valor de R$ 71,00 per capita. Bem ao contrário de Mato Grosso do Sul, estado de perfil econômico e social muito parecido, que tem o maior índice do País: levará R$ 109,30 por pessoa. Ainda assim, o governador Blairo Maggi foi escalado pelo Palácio do Planalto para tentar convencer os Democratas a votarem pela prorrogação da contribuição.

Maggi tentará virar os votos de dois senadores oposicionistas de seu Estado --Jayme Campos e Jonas Pinheiro. O primeiro parece resistir às investidas do governador, mas o segundo estaria balançado em suas convicções. O governador, segundo a Folha de S.Paulo, teria prometido a Pinheiro assegurar a vaga de senador em sua própria coligação, nas eleições de 2010. Poderia ser, na verdade, o Partido da República apoiando o candidato do DEM, no caso, Jaime Campos, ao Governo.

A CPMF passou pela Câmara dos Deputados com os votos de Valtenir Pereira (PSB), Carlos Abicalil (PT), Pedro Henry (PP), Eliene Lima (PP), Homero Pereira (PR), Victório Galli (PMDB), que substitui Carlos Bezerra, e Wellington Fagundes (PR). Somente a deputada Thelma de Oliveira (PSDB) votou contra a prorrogação do imposto.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a importância do tributo para o setor. "Fizemos com o dinheiro da CPMF em 2006 mais de 11 milhões de internações, 268 milhões de consultas especializadas, 348,8 milhões de exames laboratoriais, 9,3 milhões de hemodiálises, 134 milhões de procedimentos ambulatoriais e 2,2 milhões de partos. Essa é apenas uma amostra daquilo que o dinheiro do SUS faz nos estados e nos municípios", afirmou.

Os recursos arrecadados são integralmente repassados para os estados e municípios para serem investidos em procedimentos de média e alta complexidade (consultas especializadas, cirurgias, internações, etc). Ou seja, cerca de 85% do financiamento desses atendimentos são feitos pela contribuição provisória, além de pagar todos os exames realizados na rede pública de saúde. Entre 1997 e 2007, a CPMF representou mais de 40% das fontes de recursos para a execução de ações e serviços de saúde no sistema público.

fonte:
Edilson Almeida
Redação 24 Horas News

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