sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Planos de saúde vão cobrir vasectomia, laqueadura e DIU

Os planos de saúde passarão, a partir do ano que vem, a cobrir também assistência ao planejamento familiar, com laqueadura, vasectomia e DIU. Apesar de concordarem com a inclusão, as empresas afirmam que os custos serão repassados para os clientes.
O acordo entre as seguradoras e a ANS (Agência Nacional de Saúde) foi fechado anteontem no Rio. A resolução que atualiza o "rol de procedimentos" --que determina o que os planos devem cobrir-- deve ser publicada em dezembro. As empresas têm três meses para se adequar às novas regras.
Além das medidas de planejamento familiar, a nova resolução trará, segundo a ANS, a inclusão de tratamentos não-médicos como fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional.
Os procedimentos de planejamento familiar valem apenas para os "planos novos" --contratos feitos a partir de janeiro de 1999, após a regulamentação do setor--, que atende 70,1% dos beneficiários. Os planos ambulatoriais não cobrem a vasectomia e a laqueadura. No caso do DIU, são os hospitalares que não estão incluídos.
"Desde o ano passado estamos discutindo a atualização do rol de procedimentos para incluir procedimentos de cunho preventivo, que atendam a uma política de longo prazo", afirmou o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos.
O presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), Arlindo Almeida, afirmou que a inclusão de novos procedimentos "vai ter um impacto financeiro e influir nos preços dos planos".
"Os cálculos ainda serão feitos, mas a previsão inicial é de que o impacto será de cerca de 10%." Almeida aponta a queda de abortos clandestinos como um benefícios para as próprias operadoras, o que pode suavizar o "impacto financeiro".
"É louvável em certos aspectos, pois pratica medicina de planejamento. Com isso evita muitos abortos. As operadores têm um custo alto com as conseqüências destes procedimentos. A longo prazo, pode-se dizer que pode até ter uma vantagem [para as empresas]."
A agência afirmou que pode considerar os custos no reajuste a ser autorizado em 2009 pela agência. No entanto, Santos acredita que não haverá um "impacto significativo".
fonte: UOL

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