segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Médico diz que João Paulo 2º suportou dores sem tomar analgésicos


O médico do papa João Paulo 2º, Renato Buzzonetti, disse em entrevista publicada neste domingo no jornal "Il Messaggero" que o sumo pontífice não pediu analgésicos nos últimos dias de vida nem a interrupção dos tratamentos. "Nunca disse basta", afirmou Buzzonetti, ao responder se João Paulo 2º pensou alguma vez em ceder à tentação da eutanásia. O médico revelou que o papa, que morreu em 2 de abril de 2005, nunca pediu analgésicos ou outros remédios para aliviar a dor ou dormir melhor. "[Ele] Suportava a dor com uma coragem sobre-humana", acrescentou.

Sobre a decisão de João Paulo 2º de não ser hospitalizado pela terceira vez e permanecer no Vaticano após a traqueostomia, o médico explicou que o papa "tinha compreendido que se aproximava do final e não queria morrer fora de sua casa".

"[João Paulo 2º] Era inteligente o suficiente para saber que a batalha estava perdida. Às vezes as batalhas na medicina se perdem", disse.

Buzzonetti negou a aplicação de tratamentos invasivos em João Paulo 2º e afirmou ter feito o possível para melhorar as condições do papa, mas disse que quando "se vê que tudo está perdido, o médico também deve se render".

As declarações do médico respondem ao artigo que foi publicado em outubro na revista "Micromega", nas quais uma anestesista da Universidade de Ferrara, Lina Pavanelli, afirmava que o papa "teve ajuda para morrer", o que, segundo ela, foi uma aplicação da eutanásia.

Pavanelli afirmou no artigo que os médicos colocaram uma sonda nasogástrica em João Paulo 2º poucos dias antes de sua morte, quando ele tinha perdido 15 quilos e estava praticamente agonizando.

O tema da eutanásia e o pensamento de João Paulo 2º foram retomados neste sábado pelo papa Bento 16, que disse que seu antecessor sempre pediu a cientistas e médicos que se empenhassem na pesquisa para prevenir e curar as doenças da velhice, mas sem cair na tentação de recorrer a práticas para abreviar a vida dos idosos e doentes, que resultariam de fato em formas da eutanásia.

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fonte: 24hNews

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Observação: Honestamente não entendi a vantagem em submeter o Papa a tal sofrimento. Isso não fará dele um homem mais ou menos fiel a Deus. Pelo contrário, pode servir de estímulo para que milhões de católicos ao redor do mundo abandonem seus tratamentos médicos para se martirizarem ao fim da vida com uma morte sofrida. A própria Bíblia deixa bem claro em vários textos que o sofrimento humano não produz vantagem, pois o nosso Salvador Jesus Cristo já sofreu a pena que a nós era destinada. Isto inclusive contraria um dos pilares da ética médica que apregoa: "curar quando possível - aliviar, sempre!".

2 comentários:

DIEGO ESTEVAM ANDRADE disse...

BOA NOITE DOUTOR RENATO VC DEVE TER ESTUDADO MUITO ATÉ CHEGAR A SER UM DOUTOR, MAS POR MAIS CONHECIMENTO E ESTUDO QUE VC TEM VC AINDA NÃO CONSEGUIU ENTENDER O VALOR DA VIDA ESPERO QUE VC ENTENDA O QUE ESTOU DIZENDO MAS PRECISAMOS SUPORTAR A NOSSA VIDA ATÉ A MORTE NÃO ESTOU DIZENDO QUE NÃO SE DEVE TOMAR REMÉDIOS PARA PREVINIR A DOR MAS SOU CONTRA A EUTANÁSIA POIS A PESSOA QUE OPTA PELA EUTANASIA É A MESMA COISA QUE ESTAR SE SUICIDADO OU MATANDO O SEU ENTE QUERIDO ME DESCULPE MAS NÃO CONCORDO COM NADA DISSO E VC QUE ESTUDOU MUITO TEMPO E ALEM DE ESTUDAR DEUS TE DEU O DOM DE AJUDAR A VIDA MAS VC ESTA USANDO ERRADO E MATANDO A VIDA TOMA CUIDADO QUE VC PODE PAGAR POR TUDO ISSO. AMÉM QUE DEUS TE ABENÇOE E ILUMINE O SEU PENSAMENTO

Dr. Renato Gama - CRM - MT 4217 e CREMERJ 5260730-1 disse...

Eita Diegão!
Dá uma lida de novo com calma e vc vai perceber que não estou defendendo a eutanásia, não!
Sobre o Papa, continuo achando que ele poderia ter tomado medicamentos para aliviar seu sofrimento. E isso não significa eutanásia de forma alguma.
Renato Gama.